Fesete exige<br>600 euros em 2016

Os tra­ba­lha­dores do têxtil, ves­tuário e cal­çado vão lutar para que, dentro de três anos o sa­lário mí­nimo nestes sec­tores seja de 600 euros. A rei­vin­di­cação foi apro­vada no 11.º Con­gresso da Fe­de­ração dos Sin­di­catos dos Tra­ba­lha­dores Têx­teis, La­ni­fí­cios, Ves­tuário, Cal­çado e Peles de Por­tugal, que teve lugar no dia 21, no Porto, e no qual par­ti­cipou o Se­cre­tário-geral da CGTP-IN, Ar­ménio Carlos.

No pro­grama de acção para 2013-2016, a Fe­sete/​CGTP-IN propõe «lutar pela me­lhoria dos sa­lá­rios reais dos tra­ba­lha­dores, afas­tando-os sig­ni­fi­ca­ti­va­mente do sa­lário mí­nimo na­ci­onal, na pers­pe­tiva de uma maior jus­tiça so­cial, tendo em conta os ga­nhos de pro­du­ti­vi­dades nos sec­tores e a apro­xi­mação pro­gres­siva aos sa­lá­rios da União Eu­ro­peia».

A fe­de­ração rei­vin­dica igual­mente a re­dução do ho­rário de tra­balho, para 35 horas se­ma­nais.

No do­cu­mento, ci­tado pela agência Lusa, a Fe­sete re­corda que a in­flação foi de 2,8 por cento, em 2012, mas os au­mentos sa­la­riais nos di­versos sec­tores es­ti­veram entre zero e 0,6 por cento. A su­bli­nhar a pos­si­bi­li­dade de me­lhorar a re­mu­ne­ração dos tra­ba­lha­dores, a fe­de­ração afirma que um au­mento sa­la­rial de três por cento acar­reta um au­mento dos en­cargos das em­presas na ordem de meio ponto per­cen­tual.

Na si­tu­ação dos sec­tores pesa ainda o facto de que, entre 1990 e 2010, foram li­qui­dados 214 231 em­pregos lí­quidos, uma ten­dência que se man­teve nos dois anos se­guintes.

No con­gresso par­ti­ci­param cerca de 180 de­le­gados, em re­pre­sen­tação dos sin­di­catos fi­li­ados na Fe­sete, que se reu­niram na Casa Sin­dical do Porto, sob o lema «Em­prego com di­reitos e sa­lá­rios justos! Temos di­reito a uma vida digna».

A ordem de tra­ba­lhos in­cluiu a apre­ci­ação da ac­ti­vi­dade de­sen­vol­vida no man­dato findo e a eleição da Di­recção Na­ci­onal para os pró­ximos quatro anos.




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